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Qual a relação do mito de Medeia com a Alienação Parental?

Além do próprio filicídio, Medeia é o primeiro registro mítico do que hoje se conhece como Síndrome de Alienação Parental (SAP). A tragédia grega de Eurípides, escrita em 431 a.C., mostra o mito de Medeia como uma representação de um arquétipo da condição humana, e a Síndrome de Alienação Parental como exemplo da manifestação individual desse arquétipo nos dias atuais. Nessa perspectiva, entendemos o mito como uma representação complexa que pode se ativar quando uma relação amorosa é rompida de maneira conflituosa.

 

Como no mito de Medeia, no qual a mãe mata seus filhos, na Alienação Parental, o alienador os sufoca e aniquila neles a capacidade de perceber, sentir e julgar livremente. A criança torna-se uma extensão do alienador, impedida de pensar, discriminar, escolher por si mesma e de amar seu genitor. Apesar da tragédia de Eurípides explorar a psicologia do feminino ferido e humilhado, o mito de Medeia, tal qual se manifesta na vida e nas relações das pessoas, tem implicações psicológicas não só para a mulher e para o homem, mas também para os filhos.

 

Mãe ou pai, quando dominados pela força arquetípica de Medeia, agem de maneira destrutiva em relação aos filhos e ao cônjuge alienado. Quem mais sofre com a SAP são as crianças, pois estão entregues e indefesas frente a um inimigo poderosíssimo que as ameaça constantemente: o genitor ou genitora, aquele que lhes concedeu a vida e de quem as crianças dependem para sobreviver e desenvolver-se.

 

A criança, em um processo de divórcio, sente-se ameaçada de perder o amor dos pais, ainda mais quando é incitada a dizer que não gosta mais de um deles. Como a criança tem naturalmente a necessidade de continuar a amar ambos os pais, contrariar essa natureza distorce seu equilíbrio psíquico e anula uma parte importante de sua constituição psicológica.

 

 

• Conheça o mito (resumo):

 

Na tragédia narrada por Eurípides (431 a.C./2007), para que Jasão pudesse ocupar o trono a que tinha direito por herança, em Iolco, na Tessália, ele deveria conquistar o Velo de Ouro.

 

Ao chegar em Cólquida, onde guardava-se o Velo, o Rei Eetes impôs a Jasão o cumprimento de quatro provas para alcançar a posse daquele valioso objeto. Essas tarefas, impossíveis de serem vencidas, só puderam ser realizadas com a ajuda de Medeia e suas magias. Ela era apaixonada por Jasão. Depois que eles conquistaram o Velo, o Rei Eetes e seu exército perseguiram Jasão e Medeia, porém eles conseguiram fugir para Corinto, reino de Creonte. Em Corinto, tiveram dois filhos: Feres e Mérmero.

 

Eles viveram felizes por muitos anos, até que um dia, Creonte ofereceu a Jasão a sua filha. Ele aceitou a noiva e abandonou Medeia, deixando-a desamparada. Creonte expulsou Medeia da cidade, por temer seus feitiços e desejos de vingança. Antes de deixar a cidade... Medeia matou o Rei Creonte e sua filha, incendiou o palácio e assassinou os próprios filhos, vingando-se de Jasão.

 

Em um último encontro, tentando assassiná-la, Jasão viu Medeia fugir para Atenas, em um carro puxado por serpentes aladas, presente que lhe foi dado pelo avô, o deus Hélio, o Sol.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438

Fonte: Vdocuments - "Os filhos de medeia e a síndrome da alienação parental". Por Yvanna A. G. Sarmet. Texto editado.

 

 

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