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Como os professores podem apoiar as crianças durante o divórcio dos pais?

Para muitas crianças, o divórcio dos pais são momentos estressantes. As crianças têm experiências e reações diferentes e trazem todos os seus sentimentos para a sala de aula. Com isso, o bem-estar social e emocional das crianças e a aprendizagem podem ser afetados por muitos anos. Neste momento, pode ser difícil para os pais fornecerem o apoio que seus filhos precisam para lidar com seu próprio estresse.

 

Os professores e as escolas podem ajudar as crianças a fazerem ajustes positivos. Os professores relacionam-se com elas por muitas horas durante o dia. Eles estão em uma posição ideal para fornecer suporte quando necessário, porém podem não saber como ajudar nessas situações.

 

 

• Impactos negativos do divórcio:

 

A maioria de nós conhece os efeitos a curto e longo prazo de um divórcio no bem-estar e na aprendizagem social e emocional das crianças. Mas pouco se sabe sobre as experiências dessas crianças na escola. Sabe-se ainda menos sobre como seus professores trabalham com eles.

 

Muitos professores detectam, compreendem e preocupam-se com a situação social e emocional de seus alunos e acreditam que quando as crianças se sentem seguras e protegidas, aprendem com maior facilidade.

 

 

• Conheça algumas ações eficazes para desenvolver com crianças que estão passando pelo divórcio dos pais:

 

- Diagnosticar o nível de compreensão e as reações da criança em relação aos pais e ao divórcio, refletindo sobre suas observações e conversas;

- Desenvolver uma compreensão do tipo e efeito do estresse dos pais sobre os filhos;

- Ter conversas privadas com a criança, perguntar se ela está bem, ter escuta ativa, deixar a criança falar e a tranquilizar;

- Fornecer apoio emocional ou auxiliar a criança a se adaptar ao dia (um dia de cada vez). Dar tempo para essa criança sentir sua dor e respeitá-la nesse período que se encontra enlutada, precisando se encontrar;

- Estar disponível para conversar com a criança e seus pais;

- Criar um ambiente seguro e amigável onde a criança se sinta à vontade para conversar e expor seus medos e aflições;

- Deixar claro para a criança que seus pais estão se separando, mas que o pai e a mãe não deixarão de amá-la;

- Comunicar-se com os pais sobre como seu filho está indo emocional, social e academicamente na escola;

- Criar uma escala na conversa com a criança para ajudá-la a colocar seus problemas em perspectiva. Por exemplo: uma escala de zero a dez, em que zero não é um problema e dez é o pior problema de todos;

- Garantir que a criança seja mantida no seu grupo de amizades e também em outros, tanto na sala de aula quanto no playground, sem distinções ou preconceitos;

- Encorajar a criança a tomar boas decisões e a gerir o seu próprio comportamento.

 

 

Além disso, tanto os professores quanto a escola devem saber que, em caso de divórcio, os direitos e deveres do pais continuam idênticos em relação à criação e educação da criança, assim como todas as decisões que refletem no seu desenvolvimento e bem-estar. Desta forma, os comunicados escolares e as informações sobre a vida da criança na escola, devem ser enviados tanto para o pai quanto para a mãe, separadamente, exceto se há alguma restrição judicial.

 

É necessário, também, um diálogo aberto entre a escola e os pais sobre as obrigações e a rotina da criança em relação à guarda e os dias em que cada um será responsável por buscá-la, visto que acordos legais devem ser cumpridos.

 

As ações dos professores são importantes para aumentar o vínculo entre crianças, famílias e professores. Os professores devem considerar a singularidade das crianças e sua situação familiar à medida que promovem a resiliência e as habilidades de enfrentamento, incentivando uma perspectiva realista e positiva em relação ao divórcio dos pais.

 

 

Um abraço para todos.

Ana Brocanelo – Advogada.

OAB/SP:176.438

Fonte: The Conversation. "Como os professores podem ajudar a apoiar as crianças durante o divórcio dos pais." Texto editado. Publicado sob licença CC BY 4.0.

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